quarta-feira, 4 de agosto de 2010

SOBRE FILHOS E PAIS

“Tá ligado?” 
Foi essa a pergunta que um homem me fez, certa vez, quando me dava direções de como sair dirigindo do bairro onde eu estava. Ele queria saber se eu estava prestando atenção ao que ele falava.

Não é um quadro comum no dia-a-dia adolescente estar “ligado” (atento) na hora de ouvir os pais. Grande parte prefere sair da presença dos pais, quando eles estão falando algo ou dando orientações.

A Bíblia ensina que para ser bem-sucedido, um filho precisa prestar atenção, demonstrar disposição mental para compreender palavras e intenções: “Atenta para as minhas palavras; inclina o teu ouvido às minhas instruções... Porque são vida para os que as encontram, e saúde para todo o seu corpo” (Pv 4.20,22)

Estar atento e inclinar o ouvido é o mesmo que obedecer. Filhos desobedientes são pessoas difíceis de se ajustarem e de se consolidarem na vida social.

Se você deseja ser um adolescente abençoado, comece a prestar atenção e a obedecer aos sábios conselhos das pessoas que mais amam você neste mundo: seus pais.

Em Efésios 6.1-3, Paulo fundamenta o imperativo “obedecei” em três pontos básicos:

1) A obediência filial é obediência ao Senhor. Paulo, ao referir-se ao relacionamento entre pais e filhos num lar cristão, afirma: “sede obedientes a vossos pais no Senhor”. Isso significa que o cristão, na condição de filho, quando se submete à autoridade de Deus e obedece à sua Palavra, faz da obediência aos pais um serviço (culto) a Deus.

2) A obediência filial é algo natural: “...porque isto é justo”. Toda e qualquer sociedade humana toma como correto que os filhos devem respeitar e obedecer aos pais.

3) A obediência filial está expressa na lei divina: “Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa)”, diz Paulo. A ordem é colocada como o primeiro mandamento, no sentido de sua importância básica para a educação dos filhos, e não por sua posição no Decálogo”.

Você já honrou aos seus pais, hoje? Isto é, você foi um filho obediente e amoroso?

Olhando pelo prisma paterno, de quem dá a vida pelos filhos, não há ocasião em que eu me sinta mais feliz e realizado do que quando percebo que meus filhos estão atentos às minhas orientações e dispostos a seguir conselhos sábios. Eu me sinto honrado.

Você, adolescente cristão, tem o privilégio de fazer com que seus pais sejam abençoados e realizados. Confie neles, ouça sua opinião, disponha-se a obedecer. No final, tome posse da promessa divina: “para que te vá bem...”

“Tá ligado?”

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