sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

As lições do Apocalipse para hoje - parte final



Deixei para comentar à parte uma das sete temáticas do Apocalipse, segundo Reddish (Smyth & Helwys Publishing, 2001):

Lição número 7:
À SEMELHANÇA DE CRISTO, OS CRISTÃOS DEVEM ADOTAR UM ESTILO DE VIDA DE RENÚNCIA E AUTOSSACRIFÍCIO

Esse é um argumento pra lá de estranho. Melhor deixar com o Reddish:

A terminologia, em inglês, “Nonviolent lifestyle”, designa a exortação presente no Apocalipse a seus leitores. Nas palavras de Reddish, o Apocalipse faz uso de um imaginário tradicional de violência para subverter a violência (“use traditional imagery to subvert violence”).

Reddish bebe nas águas de Austin Farrer, quando fala dessa transformação criativa de símbolos e lingugagem no Apocalipse.

Para exemplificar, ele fala de Jesus:
No Apocalipse, Jesus é o poderoso conquistador, a guerreiro em seu cavalo branco (19.11-21); Mas ele não faz suas conquistas com o uso da violência, e sim por sua morte sacrificial; sua arma não é a espada, mas a cruz.

Reddish fala de uma conquista “martiriológica”, que denota o autossacrifício e o amor dele por nós.

Ao ler esse argumento de Reddish não posso deixar de pensar em como nos desviamos desse estilo de vida. A violência ao nosso redor, dentro da igreja, dentro de nossos lares parece sem fim...
Um filme sem explosões, sangue e morte “dá sono” porque não é compatível com a realidade cruel e violenta da vida...
A calmaria e a inspiração da música clássica a tornam “intragável” para uma geração que cultiva a violência (raps, funks etc.)...
Nunca se precisou tanto de Romanos 12.1,2 como hoje: “Não vos conformeis... Renovai-vos...”

Você se conforma ou se renova?

Um comentário:

cristina disse...

Essa pergunta é bem interessante,pois quando não nos conformamos somos vistos como anormais.Já perdi a conta de quantas vezes me chamaram assim.Mas,confesso: Eu gosto!Quanto mais "anormal"para o mundo,mais normal para o Senhor!