quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

APOCALIPSE 8, 9, 11: Descobrindo as verdades de Deus

Ao som das sete trombetas
Apocalipse 8.6-13; 9.1-21; 11.15-19

Uma coisa interessante que se percebe com o desenrolar das visões no Apocalipse é a repetição de um padrão. Assim como na visão dos sete selos, repete-se o padrão 4 + 2 + interlúdio + 1 para a descrição da visão das sete trombetas.

As trombetas têm importante papel na vida religiosa do povo. A palavra que aparece no Apocalipse nos permite descrever essa trombeta como o instrumento longo e reto, feito de prata batida e empregado, principalmente, para propósitos religiosos.

As sete visões do Apocalipse foram anunciadas por número igual de trombetas. Serão estas visões o tema deste estudo.

OS MOMENTOS QUE ANTECEDEM
AO TOQUE DAS TROMBETAS


O capítulo 8 do Apocalipse inicia com a abertura do sétimo selo e a manifestações dos sinais do fim dos tempos.
À abertura do selo, segue-se um silêncio dramático, pois ele oferece um prelúdio para a série de juízos divinos que serão anunciados pelo soar das trombetas.

QUAL O SIGNIFICADO
DAS TROMBETAS?

As trombetas representam, na verdade, a urgência e a proximidades do julgamento de Deus sobre o mundo e seu padrão pecaminoso de conduta.

Beasley e Murrey sugerem que o uso escatológico da trombeta remonta ao som desse instrumento na ocasião da gloriosa manifestação da presença de Deus no Sinai (Ex 19.13-20): vozes, trovões, relâmpagos e tremores de terra são fenômenos associados à presença de Deus entre o seu povo e, em Apocalipse 8, assegura-se que Deus estava ali, no controle de tudo, para responder às orações dos que clamavam por justiça.

O SOAR DAS QUATRO
PRIMEIRAS TROMBETAS
(8.6-12)

Terra, mar, rios e o céu são duramente afetados pelas calamidades que se seguem ao soar das quatro primeiras trombetas. Percebemos, comparando os fenômenos posteriores ao toque da segunda e quarta trombetas com Êxodo 7.20,21 e 10.21-23, uma aproximação com os eventos do êxodo. Catástrofes naturais nas proporções descritas nesta profecia sugerem um contexto de extinção parcial da vida humana que já vem acontecendo há tempos.

Analisando nossa memória recente, Você se lembra do tsunami no oceano índico que deixou mais de 200 mil mortos em dezembro de 2004? Ele afetou duramente países intensamente politeístas como Índia, Indonésia, Tailândia e Malásia. Um ano depois, nos Estados Unidos, o furacão Katrina deixou um rastro de destruição de 1.836 mortes afetando a vida de milhões de pessoas. Uma das maiores companhias de resseguros do mundo, Munich Re, disse que o ano de 2008 foi um dos mais devastadores de todos os tempos, devido ao grande volume de perdas provocadas por desastres naturais.

A ÁGUIA E OS AIS

Interessante notar como os símbolos mudam com o passar dos tempos. À época de João, a águia era considerada como ave de mau agouro, por isso, aparece na visão prenunciando ataques terríveis que sobrevirão aos “que habitam sobre a terra” (8.13). Eu e você, que confiamos nossa vida ao Salvador, estamos protegidos destes males, pois se explica em 9.4 que essas pessoas “não têm na fronte o selo de Deus”. Hoje em dia, a águia simboliza força e realeza, estando presente em brasões dos exércitos e, inclusive, sendo o símbolo da nação mais poderosa do mundo, os EUA.

QUINTA E SEXTA TROMBETAS:
SOFRIMENTO E TEIMOSIA
(9.1-21)


Duas coisas ficam evidentes, na leitura deste capítulo: primeiro, os sofrimentos impostos pelos seres angelicais contra os que “não foram selados por Cristo” será devastador e cruel (v. 6).

A quinta trombeta anuncia o primeiro ai, que chega ao fim no versículo 12. As calamidades aqui descritas em cores dramáticas são provocadas por uma horda de anjos malignos lideradas pelo “anjo do abismo”, cuja identidade se percebe nos nomes que recebe: Abadom (do hebraico, destruição, ruína) e Apoliom (do grego, destruidor).
Os exércitos demoníacos são retratados na visão como um misto de gafanhoto (indicando seu enorme poder de destruição e seu grande número) e de escorpião (indicando sua intenção de causar sofrimento e dor à humanidade).

A sexta trombeta libera quatro anjos, ministros da ira de Deus contra a injustiça e o pecado, em vez de apenas um. É o segundo ai, que chega ao fim em 11.14. Que esses anjos são enviados por Deus para a tarefa o sabemos pela voz que os comanda, vinda do altar que estava diante de Deus (v. 13), e pela escolha da época em que atuarão: eles “haviam sido preparados para aquela hora, e dia, e mês, e ano” (v. 15).

A função primaz destes seres é o extermínio de um terço da população. Na visão de João, eles alcançam seu objetivo (v.18). Pecado e morte seguem entrelaçados, na Bíblia, bem como a teimosia em rebelar-se contra Deus.

A segunda coisa evidente neste capítulo é que, a despeito de todos os sinais de juízo da parte de Deus, os homens não se arrependeram e permaneceram em sua condição de incredulidade, prostituição e idolatria (v. 20,21).

A SÉTIMA TROMBETA:
A RECONQUISTA DO REINO
(11.15-19)


“O reino do mundo passou a ser do Senhor e do seu Cristo” (v. 15). O fechamento da visão das trombetas é admirável, do ponto de vista de quem está “selado pelo Cordeiro”: descreve-se o advento do reino de Deus.

João reapresenta a figura dos 24 anciãos em adoração, expressando o conteúdo de seu louvor: “Graças te damos...” A gratidão pelo cuidado terno e pela proteção dispensada é a marca distintiva da adoração dos salvos.

Afirma-se, a respeito do Senhor, sua existência eterna, onipotência e, enfim, cumpre-se a justiça divina.

Podemos ter certeza de quatro situações, nessa passagem:

• O destino da humanidade está nas mãos de Deus;
• O Senhor é poderoso para cumprir todas as promessas que fez ao seu povo e, também, as advertências aos incrédulos;
• O desvendamento dos juízos divinos se dá por etapas, historicamente, sempre esperando o arrependimento de suas criaturas;
• Precisamos estar do lado certo na hora da decisão final, quando do estabelecimento do reino de Deus e de Cristo.

E você? De que lado está? Do Cordeiro, para receber a recompensa de reinar com ele, como sacerdotes reais, ou do mundo, destinado para a destruição e condenação eterna?

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