sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Apocalipse 5 a 8: Descobrindo as verdades de Deus

A surpresa dos sete selos
Apocalipse 5.1-14; 6.1-7; 8.1-5

Você sabia que à época de João, as cartas romanas importantes eram seladas. Representavam um lacre, que ninguém podia violar. O selo marcava a propriedade, sendo um sinal de pureza, sigilo e proteção. Entender, portanto, como funcionava a selagem na antiguidade romana é essencial. Testamentos, por exemplo, eram selados com sete selos.
Neste estudo, aprenderemos sobre a impressionante visão de Cristo com o livro lacrado com sete selos em sua mão e a reação das criaturas diante dele (Cap. 5), o os desdobramentos na história da abertura dos selos (Cap. 6 a 8).

O LIVRO SELADO NAS MÃOS DE CRISTO

O capítulo 5 traz a visão do Senhor glorificado. Ela serve como uma preparação para identificar aquele que rompe o lacre do livro selado e, a cada selo aberto, desencadeia uma sequência de eventos que ocorrem sob a permissão e autoridade de Deus.
Os decretos e Deus e o destino da humanidade estão sendo apresentados, aos poucos, a cada sequência. A cena é semelhante àquela que aparece na visão de Ezequiel 2.9,10.

QUEM É DIGNO DE ABRIR O LIVRO?
(5.1,2)


O livro está selado por causa do sigilo do seu conteúdo. Nenhuma criatura na terra ou no céu, senão o próprio Deus tem autoridade para abri-lo, pois ele contém o testamento divino que mostram seu divino conselho e juízo sobre a criação.

“o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, venceu para abrir o livro e romper os sete selos” (5.5). Essa é a imagem que representa Jesus Cristo em sua realeza e majestade, como Messias prometido, em conformidade com Gênesis 49.9,10 e Isaías 11.1-10. Representa, também, sua condição de Vencedor, tendo conquistado sua vitória na morte e ressurreição.

“vi, entre o trono e os quatro seres viventes, no meio dos anciãos, um Cordeiro em pé” (5.6). Cordeiro é a palavra usada 29 vezes no Apocalipse para designar o Messias que foi por nós crucificado. Toda a criação rompe em adoração ao Cordeiro que, com seu sangue comprou pra Deus “homens de toda tribo, língua, povo e nação” (5.9). A figura de João é fortemente simbólica, uma representação do Messias. Assim, “sete chifres” apontam para a onipotência e “sete olhos” mostram a “onisciência” de Cristo.

Eu e você somos, hoje, convidados à adoração a Deus e ao Cordeiro. Ele levou sobre si os nossos pecados na cruz, mas não está morto. Ele ressuscitou e, nessa condição de vencedor sobre a morte, o pecado e o mal, é o único digno de receber nossa adoração.

OS QUATRO PRIMEIROS SELOS
(6.1-8)


“E vi quando o Cordeiro abriu... ouvi um dos quatro seres viventes dizer numa voz como de trovão: Vem!” (v. 1). À abertura dos quatro primeiros selos, surgem na visão de João quatro cavalos e seus cavaleiros. Eles são descrições notáveis do mundo da época de João. Vejamos:

- O cavalo branco e seu cavaleiro representam o imenso poderio romano, que governava o mundo na época.
- O cavalo vermelho e seu cavaleiro representam a forma do regime ditatorial e de opressão com a qual Roma governava.
- O cavalo preto e seu cavaleiro representam a intensa crise econômica, vida de miséria e fome, com os saques e as guerras de conquista.
- O cavalo amarelo e seu cavaleiro representam a visão dos mártires que vivem sob o duro regime romano.

A profecia de João segue viva, ainda hoje, como podemos perceber, nos diversos pontos do planeta: ganância e opressão, guerras e morte, miséria e fome continuam seu curso na vida humana, marcada pelo pecado.

O QUINTO SELO E A VISÃO DOS MÁRTIRES
(6.9-11)


A palavra mártir significa testemunha. Suportar a provação que há de vir é possível. Lembremos a afirmação de Jesus aos crentes de Filadélfia, em 3.10: “Porquanto guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para pôr à prova os que habitam sobre a terra”.

Você se sente seguro diante das lutas da vida? Consegue perceber a presença de Deus, guardando e protegendo você? Pois essa é a promessa de Deus!

O SEXTO SELO
E A RESPOSTA DIVINA À IMPIEDADE
(6.9-11)


Na visão de João, um cenário de juízo se estabelece. A justiça reivindicada pelos que sofreram o martírio em nome de Cristo há de se manifestar no dia da ira do Senhor.

A narrativa é muito próxima do cenário descrito por Mateus 24.29-31. Deus tem o controle da natureza e da história. Esses eventos cósmicos a ocorrer no céu e na terra porão fim aos caos instalado pelo domínio do pecado e da morte, pois com eles Deus fará justiça.

Duas coisas impressionam nessa passagem. Primeiro, serve-nos de alerta para nos prepararmos para a vinda do Senhor, a qualquer momento. Segundo, a promessa de descanso é nossa mais importante mensagem de esperança, num mundo tão distante dos propósitos do Salvador, como esse em que vivemos.

O SÉTIMO SELO
(8.1-6
)

Silêncio no céu, após a abertura do sétimo selo. Representa a expectativa e preparação para a sequência da visão, com as sete trombetas.

O destaque da visão é para o diálogo com Deus, mediante as orações dos santos e a manifestação divina na imagem do fogo que desce do céu.
Ensina essa passagem que há uma íntima relação entre nossas orações e a ação de Deus entre nós.

Não cessemos de clamar por justiça, de pedir a Deus que intervenha, poderosa e ruidosamente, destruindo todas as obras malignas, sejam celestiais ou terrenas.

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