segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

APOCALIPSE 20 a 22: Descobrindo as verdades de Deus

Uma nova esfera de vida
Apocalipse 20.1-10; 21.1-12; 22.1-5

Diante de tantas dificuldades e perseguições, os cristãos que viviam na época da produção do Apocalipse precisavam de uma palavra de ânimo. Essa mensagem encorajadora é apresentada no final do livro, quando as visões proféticas passam a desvendar os segredos da vida celestial.

Nada muito diferente da gente, hoje, também. Muitos de nós vivemos dificuldades semelhantes às daqueles valorosos cristãos. Há muita pobreza e miséria no mundo, principalmente, nas regiões mais exploradas pelos países ricos. A igreja resiste por lá, missionária, ansiando pela volta do Messias e pregando uma vida de qualidade maior, nos céus com ele.

Há muitos cristãos perseguidos, no caos das guerras civis, em muitos lugares da Ásia e África, cuja religiosidade islâmica mantém uma postura radicalmente perigosa para os fiéis. Esses cristãos permanecem ansiando pela volta do Messias e pregando uma vida de qualidade maior, nos céus com ele.

A vida eterna, a nova esfera de vida, que se segue a essa existência, é o assunto dos capítulos finais do Apocalipse.

A DERROTA DE SATANÁS E O REINO MILENAR
(20.1-10)


O texto ocorre na sequência do cenário de julgamento contra os inimigos de Deus no final do capítulo 19. Ali, descreveu-se o juízo divino contra os associados de Satanás, que representam os algozes dos cristãos à época de João: o império romano e seus governantes. Todo o cenário é simbólico, pois não esperamos para comer “...carnes de reis, carnes de comandantes, carnes de poderosos, carnes de cavalos e dos que neles montavam, sim, carnes de todos os homens, livres e escravos, pequenos e grandes” (19.18), que é a descrição dos vencidos na batalha final contra Jesus Cristo, o “Verbo de Deus” (19.13), “Rei dos reis e Senhor dos senhores” (19.16).

“vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo e uma grande cadeia na sua mão” (v. 1). O término da profecia vislumbra a derrota de Satanás e a consumação do reino do Messias. O milênio é, para alguns, literal. Ele aconteceria depois da volta de Cristo. Mas, à luz do cenário simbólico da visão, seria melhor pensar nele como um período de duração limitada, entre a primeira e a segunda vinda de Cristo ao mundo, em que os cristãos que estão vivos experimentam o governo de Cristo em seus corações, enquanto aguardam a consumação dos tempos.

Durante o milênio, os que morreram durante as perseguições romanas contra a igreja, são vistos por João nos céus, reinando com Cristo durante o período milenar (v. 4). À luz desse entendimento, os que passaram pela primeira ressurreição já estão, também, ao lado de Jesus, como sacerdotes reais, esperando para regressar com ele para o juízo final (v. 6).

“Depois disto é necessário que ele seja solto por um pouco de tempo” (v. 3). A Satanás resta esperar para reagrupar forças no mundo físico para “enganar as nações” e ajuntá-las para a grande batalha final contra o Messias. Mas o Apocalipse de João relata o destino de todas as forças que se opõem ao reinado divino: “o lago de fogo e enxofre” (v. 10), isto é, o inferno.

Todos os cristãos devem atentar para esse olhar profético do final dos tempos. Enquanto Satanás organiza novas formas de opressão e destruição do povo de Deus, precisamos nos armar com as características de nosso Senhor: fidelidade, verdade, justiça, santidade. Só participando do reino de Cristo poderemos lutar ao seu lado e, no fim, vencer.

O NOVO CÉU E A NOVA TERRA
(21.1-12)


Depois das cenas contendo o julgamento divino e a condenação dos inimigos da justiça, o profeta vê Jerusalém, como noiva do Cordeiro (v. 2, 9-12), e uma sequência de visões que apontam para a comunhão com Deus. Vejamos:

“o tabernáculo de Deus está com os homens” (v. 3). A tenda do tabernáculo foi uma das construções provisórias no Antigo Testamento, onde Deus falava com seu povo. O propósito do tabernáculo é que Deus possa “habitar e estar” com os seus filhos.

“Ele enxugará de seus olhos toda lágrima” (v. 4). Todo o cenário de guerras e destruição visto por João produz dor e lamento. Viver é, para muitos, algo árduo e difícil. Viver pelos padrões divinos, então, nem se fala. Preconceitos e perseguições ferem, mas, de acordo com a profecia, cada ferida será curada e cada lágrima derramada será recolhida: “não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas”. A lição é simples: nada de tristeza nos céus, pois estaremos preenchidos completamente pelo nosso Senhor.

“Eis que faço novas todas as coisas” (v. 5). Não devemos esperar que Deus refaça a terra para vivermos nela, depois do julgamento. A realidade final é algo completa e essencialmente novo para nós, os salvos. A vida eterna é o destino de todos os que beberam da água da fonte da vida, que é Jesus.

“Aquele que vencer herdará estas coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho” (v. 7). Os que vivem em novidade de vida, isto é, os salvos, são os vitoriosos do Apocalipse. Hoje, infelizmente, muitos lutam espiritualmente apenas por vitórias materiais. A profecia de João nos ensina que a vitória final é contra a morte eterna. Afinal, Jesus é Vida, e, também, o doador da vida. A vida se encontra conosco e nos faz filhos de Deus (Jo 1.12-14).


A NOVA JERUSALÉM REVELADA
22.1-5


Você aguarda, esperançosamente, a vida eterna, que procede do trono de Deus e do Cordeiro, que é Jesus? Você aguarda, esperançosamente, ver Jesus, face a face, e servi-lo, na habitação celestial pela eternidade? Para isso, segundo a profecia do apocalipse, nossos nomes precisam estar escritos no livro da vida (Ap 20.11-15)

Um dos principais símbolos proféticos do Apocalipse ocorre no capítulo final: a nova Jerusalém. Ela simboliza a comunhão final entre Deus e seu povo. Na visão de João, a restauração da comunhão perdida no Éden ocorre. Assim como o pecado produz a morte, na habitação celestial só há lugar para a vida.

Escolher Jesus é escolher viver, eternamente, junto a Deus. A mensagem é “fiel e verdadeira” e bem-aventurados aqueles que ouvem e obedecem.

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